Com uma paleta de cores composta apenas de cinza, preto, nude e branco, a Courrèges apostou nas diferentes modelagens, cortes e caimentos, desde tecidos mais justos aos mais fluídos. O couro foi protagonista, em tops, saias, calças, além de estar na peça de abertura do desfile, uma espécie de sobretudo com capuz, com as mãos presas dentro da peça, que transmitiam a sensação de casulo. Nos pés, as sandálias de tiras marcaram a maioria dos looks, além de bolsas de mão pequenas, também de couro. Já para a ambientação do desfile, o diretor criativo da marca, Nicolas di Felice, junto com o diretor de cenografia Rémy Briere, optaram por um grande galpão, uma passarela branca em formato quadrado, com uma espécie de círculo no meio, contendo 320 mil bolinhas de metal que se mexiam, ao passo que produziam um barulho de ondas do mar, numa atmosfera quase que de meditação.
Já na The Row, das gêmeas Olsen e dirigida por JW Anderson, os celulares foram mais uma vez proibidos na entrada dos desfiles, mas segundo imagens publicadas no Instagram (@therow), o quiet luxury continua sendo a marca-registrada de suas criações. Desde composições despretensiosas com calça larga e t-shirt cinza oversized a modelagens mais fluídas e stylings despojados, a marca aposta em criar uma identidade de mulher discreta, moderna e prática, que preza, acima de tudo, pela qualidade.
Indo na contramão, a Rabanne, de Julien Dossena, apostou em peças clássicas, como camisas sociais, cardigans, blazers e casacos estilizados de maneira mais criativa, com sobreposições, listras, cores e brilho. Além disso, a coleção ainda contou com diversos vestidos, de tecidos fluídos, principalmente metalizados. Nas bolsas e nos pés, o que chamou atenção foi uma espécie de capa plástica transparente cobrindo as peças, o que deu bastante personalidade à coleção.
Em Acne Studios, uma sala branca, com desenhos coloridos nas paredes e diversos objetos divertidos entre os convidados, foi palco do desfile comandado por Jonny Johansso, diretor criativo da marca. O quarto de boneca do cenário se estendeu para as peças, com modelagens e caimentos não convencionais, calças volumosas no quadril, maxi bolsas, trenchcoats oversized, conjuntos de crochê e laços. O xadrez foi predominante em diversas peças e as perucas e sapatos divertidos complementaram a vibe do desfile.
Por fim, mas não menos importante, a Balmain de Olivier Rousteing, nos surpreendeu com uma coleção que valorizava na passarela, elementos de seu próprio estilo pessoal. O ponto alto do desfile foram as peças, que através do bordado, formavam rostos, mãos e bocas. Além disso, as ombreiras foram protagonistas, estando presentes na maioria das peças, além de botas-calças que estendiam por todo o comprimento das peças e bolsas e sapatos, imitando frascos de perfume. As cores neutras ganharam vida com toques de vermelho e complementaram a coleção.
