Gucci Cruise 2026: um resgate ao passado da grife

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Nesta quinta-feira (15), tivemos mais um desfile da temporada Cruise, conhecida por seus looks no estilo resort e que acontece fora do calendário oficial dos desfiles de moda. Assim como a Chanel, que abriu a temporada, a coleção de meia-estação da Gucci foi assinada pela equipe interna da marca, apresentada em Florença no famoso edifício Palazzo Settimanni e finalizada ao ar livre, passando pela Via delle Caldaie e a praça Piazza Santo Spirito.

O que faz a Gucci ser a Gucci?

O local escolhido para o evento carrega uma bagagem importante, já que o Palazzo Settimanni é a sede dos arquivos da casa italiana, casando com a proposta dos looks que trazem uma nova perspectiva aos códigos históricos de coleções passadas, desde antes da chegada do antigo diretor criativo Alessandro Michele – agora na Valentino.

Atualmente, a Gucci enfrenta alguns problemas na indústria e o risco das coisas ficarem piores sem um designer no comando era grande. Conforme divulgado pelo grupo Kering (holding francesa responsável por algumas marcas de luxo no mercado), a Gucci sofreu uma queda de 25% nas vendas no primeiro trimestre e precisou fechar mais de 30 lojas ao redor do mundo.

Reprodução – Instagram
@gucci

O desfile de ontem combina estratégia e tradição, resgatando alguns designs fortes que destacam o estilo da marca, assim como busca fortalecer uma conexão com a sua história na indústria da moda. 

No Instagram oficial da marca, é dito: “um espaço vivo que informa o passado, presente e futuro da Gucci”. Essa nova coleção Cruise também pode ser interpretada como um respiro entre o enfraquecimento da grife nos negócios e a chegada de Demna Gvasalia, nomeado como novo diretor criativo da Gucci em março, que fará a sua estreia em setembro deste ano.

O desfile

Apesar das peças com designs simbólicos, uma parte da nossa atenção se volta aos acessórios que, como bem sabemos, são essenciais em todo e qualquer look. A nova bolsa Gucci Giglio, que já está à venda, é uma homenagem à cidade e a palavra “giglio”, que em português significa “lírio”, flor utilizada como emblema em Florença há séculos.

Reprodução – Instagram
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Em colaboração com a marca italiana Pomellato, a coleção inclui um colar e uma minaudière de alta joalheria feitas em couro, ouro e diamantes pavê, inspiradas nos designs do arquivo de Pomellato do ano de 1984. Veja o desfile Chanel Cruise 2026 aqui!

Durante o desfile, óculos gigantes, mangas bufantes e meia-calça estampadas apareceram por todo lado, além dos sapatos de uma tendência não tão distante que chamamos de furry, muito forte na década de 1970. Os grandes casacos, calças aveludadas e as saias que param um pouco acima do joelho, dão esse ar vintage.

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A alfaiataria, junto de peças rendadas e/ou com tecidos transparentes, da um contraste com os looks mais chamativos, de cores vibrantes como o rosa cintilante presente em bolsas ou sapatos, até os tons esverdeados e o azul. Sobre o novo diretor da Jean Paul Gaultier aqui!

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Sendo não muito sutil, a coleção juntou elementos dos antigos designers da Gucci, seja no ar provocativo de Tom Ford, o maximalismo de Alessandro Michele ou até aquela atmosfera clássica que Sabato de Sarno desejava levar à maison francesa. “Este desfile expressa autenticamente a identidade da Gucci, no lugar que preserva profundamente a nossa história”, conta o CEO Stefano Cantino.