Retornando ao Ibirapuera, onde começou a se apresentar na SPFW em 2019, Célio Dias traz, neste sábado (19), a típica gambiarra brasileira em looks que exaltam o trabalho artesanal de sua marca. Com a ajuda do pesquisador piauiense Sávio Drew e do designer Cleu Oliver, Célio transformou peças do cotidiano com materiais variados e destacou a identidade da LED.
“Gambiarra”
Também chamada de “Grande Artifício da Mecânica Brasileira Inventado para Arrumar, Recuperar ou Realizar Algo”, a marca mineira exibiu sua nova coleção ao som de Max Blum em parceria com Garotos do PB (Pizero Boys), uma dupla do Piauí que trouxe um mix dos hits de Rihanna e Britney Spears para agitar o evento.
Para esta edição, a LED buscou tanto referenciar o “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas, como também refletir o que as marcas independentes fazem para conseguir se manter.
A moda nacional vem dando um passo de cada vez para ganhar relevância no país. No entanto, na maioria dos casos, você só consegue observar isso acontecendo em Semanas de Moda como essa.
Além disso, o objetivo de Célio era elevar a técnica e tecnologia usadas na construção de cada peça, unindo aquilo que o brasileiro já nasce sabendo com sofisticação e atenção aos detalhes. Veja o desfile da Artemisi aqui!
Sávio Drew foi responsável por guiar os estudos do estilista, de modo que a sua ideia não fosse elaborada de um jeito óbvio. Juntos, eles estudaram referências mais profundas sobre o Brasil e exploraram a criatividade.
Por dentro da coleção
Para Célio Dias, o trabalho manual é uma técnica que resiste ao tempo e que não pode faltar na LED, pois demanda de muito conhecimento na hora de definir as proporções e o caimento. O designer chama isso de “inteligência brasileira”.
Na passarela, podemos observar camisas listradas e o xadrez que faziam uma alusão às sacolas de feira, vestidos e segunda peça feita em crochê, além do famoso jeans amarrado e/ou costurado para criar um design único. Veja o desfile de Gustavo Silvestre aqui!
Apesar de todo o trabalho artesanal, esses looks não seriam os mesmos sem os acessórios posicionados estrategicamente em cada um deles. Os colares, brincos e pulseiras em forma de clipes de papel, obras de Carlos Penna, deram um toque ainda mais descontraído.
Ainda assim, a atenção se volta para as bolsas feitas com cordas entrelaçadas e para os modelos que desfilaram com sandálias Kenner, nos modelos Megah X e Rakka Siren, penduradas nos ombros e amarradas juntas por uma corda, assim como fazemos com os cadarços.
De modo geral, o desfile contou com várias referências do Brasil em diversos aspectos e, caso você esteja em busca de mais análises e notícias quentinhas sobre o mundo da moda, continue de olho na Redz. Fashion!