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Paris Fashion Week – Os destaques do sábado 28/09

Punk chic, safari, volumes e lendas celtas. Os destaques do sábado na semana de moda francesa!

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De Elie Saab a Alexander McQueen, esses foram as apresentações que mais chamaram a atenção nesse sábado (29/09) na Paris Fashion Week

O dia a dia de Vivienne Westwood

O diretor criativo Andreas Kronthaler encontrou um desafio ao desenvolver uma coleção inteiramente feminina para a grife britânica Vivenne Westwood. Como ponto de partida, usou os antigos diários da estilista fundadora da marca e deles tirou as frases “ A vida é bonita mesmo com seus altos e baixos” e “ Você tem que dar sentido a ela”.

O resultado foi uma coleção nostálgica, fluida e focada no dia a dia. As peças estampadas e as saias amplas reforçam o DNA da marca junto com o xadrez e o preto que dão o peso do estilo punk característico da grife.

A coleção não trouxe tanto impacto, mas entregou uma estética Punk Chic para a rotina de qualquer fashionista.

Vivenne Westwood SS25 (Reprodução: Vogue)

O Safari de Elie Saab

Inspirado nas savanas africanas, Elie Saab trouxe peças frescas e fluídas para a passarela, ouso dizer que foi um dos desfiles que realmente apresentou looks para um clima realmente quente.

O verde foi a cor predominante, assim como os bordados e estampas de folhagens. Um destaque especial para as peças em crochê, que mesmo de mangas longas, traziam o frescor para um dia de verão.

Elie Saab traz movimento e feminilidade para a suas coleções, seja as de Alta costura ou Prêt-à-porter, na apresentação desse sábado não foi diferente, os vestidos longos com capas esvoaçantes, cinturas marcadas e tule bordado continuaram a marcar presença, reforçando a identidade da marca.

O estilista libanês mais uma vez trouxe o luxo para o cotidiano salpicando técnicas da alta costura para o dia a dia.

Elie Saab SS25 (Reprodução: Vogue)

O futuro incerto de Rei Kawakubo para a Comme Des Garçons

Completamente fora da curva, a Comme des Garçons trouxe suas formas incomuns, suas matérias primas não convencionais e seu desfile performático para mostrar a incerteza do futuro na visão da diretora criativa japonesa Rei Kawakubo.

A estilista não dá entrevistas e as descrições dos desfiles são meio vagas, pois o intuito é trazer uma livre interpretação de cada um, o que pode facilitar ou não para uma crítica ou avaliação.

Ao meu ver, essa coleção pode trazer duas ou até três interpretações: A de um futuro em que o material nos engolirá e nos deixará soterrados ou uma forma de proteção através de matérias “fofos” e de pequenas fendas para os olhos. Também consigo ver a incerteza nos últimos looks que me remeteram a nuvens, ou seja, o futuro é algo nublado, que não é possível enxergar com clareza.

Comme des Garçons SS25 ( Reprodução: Vogue)

O grito de Alexander McQueen

Usando a inspiração da lenda celta, Sean McGui utiliza mais uma vez a figura mitológica da Banshee ( já usada pelo McQueen anteriormente) para dar o tema a sua coleção. Na tentativa de não errar, McGui reinterpreta vários elementos já usados durante a história da grife, trazendo um pouco de cada diretor criativo, como as ideias chocantes do próprio McQueen e a técnica impecável da Sarah Burton.

Apresentando uma estética gótica através das cores escuras que a própria figura mitológica para encerrar o desfile, porém sem nada muito espetacular, mostrando que o diretor criativo ainda busca uma forma de onde se encaixar dentro da marca.

Alexander McQueen SS25 (Reprodução: Vogue)
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Estudante de moda com foco em comunicação