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SPFW: Martins leva o seu caos organizado para as passarelas

Quer você goste ou não, um dos nomes mais promissores da moda nacional vem à SPFW nos lembrando de que o maximalismo está de volta

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Era de se esperar que suas fontes de inspiração fossem assim, no plural, com diversas referências da cultura pop e de outros estilistas que admira. Para sua coleção na SPFW N58, apresentada nesta quarta-feira (16), Tom Martins levou o lema “eu me acho na minha bagunça” bem a sério, mas nós também conseguimos te encontrar e capturar suas ideias daqui!

Cyberpunk ou psicodélico?

Enquanto procurava algum filme para se descontrair, Matrix aparece na tela e Tom decide assistir a franquia, resultando em um boom de criatividade e 30 looks excêntricos.

Sem medo de se inspirar em grandes nomes da indústria, a coleção de outono/inverno de Alexander McQueen para a Givenchy de 1999 serviu como base para seus designs. Thierry Mugler e Rick Owens também foram citados por Tom Martins para a criação das silhuetas e construção das peças. 

Sabendo que a moda é cíclica, o estilista acredita que o mais interessante disso tudo é poder criar, acertar ou errar do seu jeito, com suas próprias modelagens e acabamentos. Assim, ter referências como essas é importante. Confira o line-up completo da SPFW aqui!

Reprodução – Instagram @mucioricardo

Ao escolher Matrix como a origem do conceito da coleção e mencioná-lo, como no coelho branco com um olho vermelho e outro azul, igual as pílulas do filme, ele vai em busca do oposto para criar a esquisitice que tanto ama. Aqui, a “falha na Matrix” se mostra no famoso Flower Power, um movimento hippie dos anos 1960 onde as flores eram usadas como um símbolo de não-violência.

Reprodução – Fashion Network

Respondendo a pergunta destacada acima: o estilista reuniu o estilo cyberpunk de Matrix e o psicodélico dos anos 1960 de uma só vez.

Um show de maximalismo 

Ao som da trilha do filme “A Substância” e músicas de The Prodigy, os modelos caminham por todo o salão, dando a volta por trás dos convidados e voltando ao ponto de partida. 

As peças se movimentam com leveza e rigidez ao mesmo tempo, culpa dos tecidos mais grossos e a sobreposição com os mais finos, sem contar nas estampas, franjas e o jacquard como tule. O mais engraçado, é que essa louca mistura de tecidos e materiais foi o que deixou tudo ainda mais harmônico.

Reprodução – Instagram @levisbrasil 
Foto: Mucio Ricardo
Reprodução – Instagram @levisbrasil 
Foto: Mucio Ricardo

E por falar em material, a parceria com a marca Levi’s trouxe jeans trabalhados em patchwork com uma técnica que se distância daquela ideia de que o jeans é uma peça básica, trazendo um novo design com zíperes enormes ou recortes brutos na barra.

Outro elemento que chamou a atenção foram os brincos alongados, um acessório que fez toda a diferença e complementou as peças de uma forma inesperada. Veja o desfile de Gustavo Silvestre na SPFW aqui!

Reprodução – Instagram @joaogabrielrehen

O All Star cano extra longo, o xadrez, os cintos pesados e caídos sobre a calça, a silhueta oversized, as cores vivas e as etiquetas como estampa nas jaquetas mostraram uma rebeldia em peso e um trabalho manual que deve ser comentado.

Reprodução – Instagram @mucioricardo

Considerando que estamos em um momento onde o minimalismo ganhou força, é interessante ver como ele não chega nem perto de ser uma possibilidade para um dos designers que se apresentou no SPFW. Tom Martins sempre deixou bem claro que o exagero sempre será o mais notável e, finalizando com suas próprias palavras: “entre errar e acertar, eu prefiro errar fazendo uma coisa nova”.

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