O ano que data o 40° aniversário da Semana de Moda de Londres não poderia ser mais especial. Tudo começou no ano de 1984, recebendo o nome “British Designer Show” e trazendo vários nomes importantes para o mundo da moda nos dias de hoje, como o próprio John Galliano, que participou da primeira edição e se tornou um fenômeno.
Neste sábado (14), tivemos alguns momentos marcantes durante os desfiles que combinam a clássica loucura da capital com uma estética ousada e experimental da parte dos designers. Por isso, reunimos as marcas mais comentadas do segundo dia do calendário oficial da LFW.
Home Sweet Home, por Priya Ahluwalia
Com uma marca multipremiada, Priya sempre visou representar a sua herança indiana-nigeriana junto com a londrina, fazendo o seu trabalho ser nostálgico e moderno ao mesmo tempo. Com 31 looks apresentados na Church House, uma igreja localizada na cidade de Westminster, o nome da coleção simboliza a relação com o que ela considera o seu lar e a sua identidade.
Misturando estampas fortes, com variações do mesmo azul, técnicas têxteis e padrões geométricos, Ahluwalia mostra a elegância da estação com um toque de ousadia. Isso é tudo o que Londres busca todos os anos.
Suas peças ressaltam a silhueta dos modelos, até mesmo os casacos ou calças com modelagem oversized traziam impacto. A seda brilhante nos vestidos, miçangas e a leve assimetria na costura também ganharam muito destaque.
O drama de Standing Ground
Michael Stewart, que ganhou o prêmio LVMH Prize pelo savoir-faire, teve o seu primeiro show independente no sábado da Semana de Moda de Londres em meio ao 180 Strand, um antigo prédio de escritórios que recebe pequenos designers de moda, assim como ele. Confira o recap da NYFW aqui!
Os assentos foram distribuídos de modo que alguns convidados ficassem de costas para as modelos que desfilavam por cada canto do salão. Elas mantiveram um andar demorado, bem como quem passa para deixar o rastro de sua presença misteriosa, chamando atenção para os vestidos.
Todos os designs de Stewart seguem essa mesma ideia, colados no corpo, com alguns recortes curiosos e um drapeado no meio do caminho, tornando um look simples mais interessante.
As noivas de Richard Quinn
Depois de trabalhar com Christian Dior e Savile Row, o estilista abre a sua própria marca em 2017 com foco em moda feminina e têxteis estampados. Neste ano de 2024, Richard demonstrou uma grande evolução de seu trabalho artesanal.
No salão de baile do refinado The Dorchester, os looks começam bem intensos, o preto toma conta do ambiente e o vermelho se destaca em pequenos detalhes ou em grandes peças. Logo esse cenário sombrio muda e a primavera chega, as cores vão ficando mais claras e divertidas, vestidos estampados aparecem com muito brilho e silhuetas chamativas.
No final do desfile, somos surpreendidos com exatas 14 noivas na passarela, cada uma com seu estilo próprio. Seja de mangas bufantes, véu, com ou sem buquê, com decotes ou golas estruturais, o altar pertencia somente a elas. Veja as tendências da próxima estação segundo a NYFW aqui!
Nensi Dojaka retorna ao mundo da moda
Após uma pausa de 2 temporadas, a designer toma o St Pancras Renaissance Hotel para si e apresenta a sua coleção de primavera/verão em colaboração com a Calvin Klein, o que só reforçou a sua identidade nas peças.
A sensualidade foi um tema forte no seu desfile e, por mais que o preto fosse dominante, algumas cores vibrantes receberam um certo destaque. Os decotes apareceram com uma estrutura mais elaborada desta vez e sua parceria com a Calvin Klein trouxe alguns looks que lembravam os modelos de lingerie, só que com mais elegância.
Combinando tradição e a inovação, os eventos de moda da capital britânica são os que mais chamam a atenção no mês de setembro. Neste ano de 2024, muitas homenagens foram feitas para esses 40 anos de história no mundo da moda, assim como os próprios designers estão contando a sua.
